O INVISÍVEL MUNDO DO POETA
O INVISÍVEL MUNDO DO POETA
Silva Filho
No meu mundo d’ilusão (sem consistência)
Tenho prédios construídos com quimera.
Há castelos de areia em cratera...
Andejos aplaudindo a imprudência!
Tenho a rua que se chama “Fantasia”.
Muitos becos formando labirinto,
Uma Banda tocando por instinto,
Num coreto no formato “Estesia”,
O poeta tem direito a esse mundo.
No fabrico de um verso vagabundo,
Bem que pode retratar a sua sina!
Cada dose de poema que se bebe,
Mostra o estro o novo mundo que concebe,
Exibindo o projeto em cada esquina!