Chão de estrias
A veia desterrada em sua testa,
Atesta a raiva do punho cerrado.
Consente ao sol que o molesta
Caindo-se em bicas neste chão calado.
A sombra não alivia o calor
Que lhe abrasa a alma.
É só uma triste companhia
Escura sem cor, sem calma.
A felicidade quase não se cria,
É miúda e esguia,
Na frieza deste torrão.
Mesmo assim não é rara a alegria,
Ainda que nos venha feito gotas
Perdidas nas estrias deste seco chão.