Portões de ossos
Tudo esta odioso este dia
Não há sonetos belos, nem canções
Como quem espera flores em vulcões
Não pergunte por mim das alegrias
Não vê mais nenhuma calmaria
Quem já se acostumou aos furacões
Pois neste céu de muitas maldições
Ecoa só os gritos das harpias
E o chão q'vai fendendo para a treva
E a noite ante o dia se eleva
E presas se escancaram desses fossos
Não fale sobre flores na geena
Fale de minha dura pena...
...pra que eu não cruze os portões de ossos