QUE BUSTO!


Se o nome não menciono, indico a casta
Do tipo que não vai passar por Fausto
Embora ao demo entregue o que for justo
Da fama em troca, apenas a alma gasta.

Por vate é tido, agora, é o que lhe basta
Em tarde já avançada – eu não me assusto
Com vivas pelos campos desde o augusto
Arroto – ‘NÃO!’ – performance nefasta.

‘Cansado de canções’ diz ele, o verso enxuto
Tem ‘despoesia’ sim, da que arrebata
De parvo infante a scholar mais arguto...

Da Musa só desprezo, é fato – à cata
Do aplauso causa e fica muito puto
Se lhe descrevem do focinho à pata.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 01/05/2017
Reeditado em 05/05/2017
Código do texto: T5986898
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