O POETA E O PELICANO
O POETA E O PELICANO
Por seus filhos, a ave rasga o peito,
Acaso impelidos por a grande fome.
O poeta doa-se, desse mesmo jeito,
Porém a insanidade é quem o come...
O olhar sobre Troia, se fez lusitano,
E o poeta cego que tudo enxergava,
Descrevendo o que via e inventava,
Retira de lutas o amor prosperando...
Misturando o fato, lendas e sereias,
Lota os barcos de covardes e heróis.
A rezarem tanto que perdiam a voz...
E naquele poema o mundo permeia,
Pra servir de modelo para todos nós.
Os encantos poéticos d'antes e após...
Réplica ao texto:
Queda-libre das cousas... (T5984386)
De: Gilberto Oliveira