SINFONIA DA ALMA
Sob os acordes do meu violino
Soam no ar notas de um angelino
Tocando-me suavemente a fronte
Mostrando-me ser só o amor única fonte
Revigoro então, o meu corpo já cansado
Revejo os meus dias com mais cuidado
Tento mensurá-los sob o chão de dores
Descubro a causa exata dos dissabores
Retomei a canção e dei a ela um novo apreço
Fiz rimas alegres ora antes, eram de melancolia
Tropecei nos versos, fiz sem querer poesia
E, aos poucos, fui refazendo-me por dentro e fora
Juntei-me aos poemas a solução do que me aflora
E assim, fui tocando a vida num breve recomeço...
(Simone Medeiros)