Dominical

Domingos de manhã, idas à igreja

Maçantes horas que não tinham fim,

O pão dormido da palavra, o carmim

Do vinho pubo que a fé bandeja

Mãos atadas ao tédio que goteja

lamentos vazios. Frígido em latim

rezavam tudo e nada são a mim

orações tais, sonífera peleja

Corpo presente a mente lá no mundo

A ouvir qualquer sermão das oliveiras

Eu só pensava no frisson segundo

Se davam as mãos de bola de gude

Nas pipas, peões, bilas, baladeiras.

Tristes domingos que brincar não pude

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 28/04/2017
Reeditado em 09/05/2017
Código do texto: T5983786
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