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A REALIDADE
 
Andando na cidade de repente
Vejo  alguém deitado sob a marquise
Cuidando – se pra que ninguém o pise
Porque ali é passagem de muita gente.
 
Olho pra aquele ser ali sozinho
Que com grande tristeza olha pra mim
Com gestos me pede algo, mas enfim
Ignoro e prossigo pelo caminho.
 
A pobre criatura, só quer viver
Mas não a socorrem, e ela continua
Não tem um copo d'água pra beber.
 
Quando voltei, vim pela mesma rua
Pensei naquela pessoa socorrer
Mas já estava morta e quase nua.
 
(Christiano Nunes)
 
 
 
Esse soneto é uma republicação. Postei
no Recanto das Letras 13/07/2009. Em 2011
tive a felicidade ou a sorte que o mesmo foi
classificado num concurso literário.
A história narrado no soneto é apenas uma ficção.