Tristeza
Edir Pina de Barros
Nesses dias, sem sol, em que a tristeza
com véus de nuvens densas tudo enlaça,
e a vida perde todo o encanto e graça,
a frágil alma fica à morte presa;
difícil se manter a paz, leveza,
enquanto o sonho, aos poucos, se esfumaça,
a intensa dor se escorre na vidraça,
e forma, dentro o peito, uma represa.
Soturnos dias, feitos de aspereza...
Mas tudo vai passar e, com certeza,
o sol retirará, da face, o véu.
Sem sol, não há sequer as simbioses,
que a luz provoca, nem metamorfoses
que possam transmudar o sal em mel.
Edir Pina de Barros
Nesses dias, sem sol, em que a tristeza
com véus de nuvens densas tudo enlaça,
e a vida perde todo o encanto e graça,
a frágil alma fica à morte presa;
difícil se manter a paz, leveza,
enquanto o sonho, aos poucos, se esfumaça,
a intensa dor se escorre na vidraça,
e forma, dentro o peito, uma represa.
Soturnos dias, feitos de aspereza...
Mas tudo vai passar e, com certeza,
o sol retirará, da face, o véu.
Sem sol, não há sequer as simbioses,
que a luz provoca, nem metamorfoses
que possam transmudar o sal em mel.