No sonho triste do poeta em aflição,
Que corroendo o peito a palpitação
No exclamar sentido amor, calado;
O próprio silencia faz-se dominado!

Sonho; deixe-me sonhar a vida toda!
Sob açoites sofro o que a incomoda
Nestes pensamentos que voam alto!
Ao sonhar, permito-me, eu a exalto!

Se do sonho que na vida me assola
Poetar é belo e também horroroso;
Entre lágrimas o verso me consola!

E sonhar-te bela feliz, meiga e amada
Dão-me dádivas este amor cauteloso,
Que me embriaga e torna-se sonhada!


  26 de abril de 2017
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antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 26/04/2017
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