Transformei o soneto em versos brancos nesse que abaixo segue. Confesso que gosto mais de soneto clássico.
Saudade
Edir Pina de Barros
Se todo amor transmuta-se em saudade
de tudo o que se foi ou se desfez
por tanta e tão palpável liquidez
do tempo que retorna e nos invade.
E se a saudade chega-nos de vez
com tanta força, tanta majestade
- ainda que tal fato nos agrade -
é sombra que perdeu a nitidez.
Precipitado íntimo do encanto
que em si se evola e logo se enraíza
nos sertões d’alma. E cresce e ganha vida.
Isso é saudade, que em meus versos canto,
quimérica, incorpórea, sem divisa,
miragem que a lembrança consolida.
Saudade
Edir Pina de Barros
Se todo amor transmuta-se em saudade
de tudo o que se foi ou se desfez
por tanta e tão palpável liquidez
do tempo que retorna e nos invade.
E se a saudade chega-nos de vez
com tanta força, tanta majestade
- ainda que tal fato nos agrade -
é sombra que perdeu a nitidez.
Precipitado íntimo do encanto
que em si se evola e logo se enraíza
nos sertões d’alma. E cresce e ganha vida.
Isso é saudade, que em meus versos canto,
quimérica, incorpórea, sem divisa,
miragem que a lembrança consolida.