Brumas
Edir Pina de Barros
 
Onde a esperança que nos leva ao sonho,
ao reino da alegria, das quimeras?
Hoje se tem o tempo das esperas
(um tempo longo e triste, assim suponho).
 
Onde o horizonte? A bruma está cerrada,
adiante breu e breu, nuvens sombrias
e deletérias, langorosos dias...
E nada mais se vê além do nada.
 
Onde anda a lua cheia de esperança?
Onde? Que não se vê? Que não se alcança?
Decerto se perdeu atrás das brumas.
 
E como não sonhar com as estrelas?
Por certo, mais além, iremos vê-las,
se não constelações, quem sabe algumas.
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/04/2017
Reeditado em 24/04/2017
Código do texto: T5980146
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