Contraste

Eu me imagino, assim, como um velhinho,
um velho triste que jamais se cansa
de recordar seu tempo de criança,
ao ver brincar, alegre, seu netinho.

É que eu conheço a força que contrasta
o alvorecer, o despontar da aurora,
com esse tom crepuscular que chora
o triste fim da tarde que se arrasta!

Velho... Criança... Alvorecer... Poente...
Entrelaçar de mortes e de vidas,
desilusões e sonhos, feito trança!...

Mistérios milenares - acrescente -
portam os velhos com suas feridas!...
Surjam as crianças prenhes de esperança!...

Brasília (DF), fevereiro de 2012.
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 22/04/2017
Reeditado em 17/05/2017
Código do texto: T5978374
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