DA VERDADE

Quero dizer nesses quatorze versos,

O que nunca diria em lugar algum;

Porque iria feder como fede um "pum",

Aqui ou em qualquer canto do universo.

Remexer velhos temas submersos,

Trazer à tona, e fazer um zoom...

Incorporar, neste momento Ogum, e

Provar que todo mundo é o reverso.

Quero dizer, mas não... também me calo,

Porque um “pum”, senhores, tem seu abalo,

Mas não dura mais que um minuto!

Daqui a pouco todo o mau cheiro passa,

Aquele “pum” se esvai qual fumaça,

E eu, somente eu, sou quem me escuto!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 22/04/2017
Reeditado em 22/04/2017
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