DA VERDADE
Quero dizer nesses quatorze versos,
O que nunca diria em lugar algum;
Porque iria feder como fede um "pum",
Aqui ou em qualquer canto do universo.
Remexer velhos temas submersos,
Trazer à tona, e fazer um zoom...
Incorporar, neste momento Ogum, e
Provar que todo mundo é o reverso.
Quero dizer, mas não... também me calo,
Porque um “pum”, senhores, tem seu abalo,
Mas não dura mais que um minuto!
Daqui a pouco todo o mau cheiro passa,
Aquele “pum” se esvai qual fumaça,
E eu, somente eu, sou quem me escuto!