Soneto aos meus pais
Toda vez que retorno à "minha" casa
Pra rever minha mãe e o meu pai
Uma lágrima do rosto sempre cai
Bem na hora de sair que mãe me abraça
Sinto-me como um passarinho que tem na asa
Um defeito que lhe impede de voar
Vendo o rosto de mamãe a prantear
E o meu peito já queimando feito brasa
Vou saindo sem falar como quem engasga
Com o próprio soluço de repente
E a tristeza me conduz dali pra frente
Com uma dúvida na cabeça a martelar
Sem saber se outro dia novamente
Eu terei todos dois a me esperar