AÇOITES
Nos olhos alegria de menino
Iluminou seu rosto apaixonado
Um sonho lhe sorria cristalino
Sem voz, ficou ali, paralisado
De enlevo a sensação deliciosa
Deixava o corpo lânguido, fervente
Envolto em perdição silenciosa
Tremia, sufocando ardor latente
Estraçalhando o peito, enlouquecidos
Na imensidão das chamas seus clamores
Morriam pouco a pouco arrefecidos
Pelos cruéis açoites dos pudores
A bela dos gemidos não deu conta
A timidez ainda o desaponta...