RAZÃO DE ESTAR

Sexo e Poesia, de mãos dadas,
percorriam o caminho num jeito
inconsequente. Eram enjeitadas
almas proscritas no preconceito.

Tal qual odeio o que adjetivas,
sentiam-se eles também odiados.
A Flor, de cores outrora vivas,
abraçou-os e os três, abraçados,

invadiram o paraíso. Neles havia
a conjunção perfeita da criação.
Sexo seria sempre parte da Poesia.

E a Flor, colocada na mesa do jantar,
lembraria a eles toda a razão
de viver, ou, pelo menos, a de estar.