Liberdade...

Contemplo-a com um breve sorriso
E tão risonha a minha hora se faz,
No silêncio absoluto em minhas entranhas viso,
O momento me acalma, e o olhar satisfaz!

E me invade como um canto real,
Acalenta a dor que queima, o peito espreita,
Tão soberana, senhora de todos, e tão surreal...
Oh, canto divinal! Tal anjo de candura perfeita.

És carícia na alma, vinda das alturas infinitas
Face que a tudo acalma; sopro das brisas mais perfeitas,
Assim alço meu voo livre, por certo, cumprindo metas.

Findei onde todos findam sem incógnitas,
Entretanto, cortejado sob cânticos e sinfonias,
Pois assim, livre, minh'alama esvoaça nas alturas!