Só !
Só !
Só, na trajetória, abandonado
Esgotado na mágoa e amargor
Cansado da vida, desventurado,
Só ! O sonho escorre como a dor.
As lágrimas dos olhos, inútil secar
Porque as da alma, jamais secarão
Esperança morta, não pode vivificar
A incessante aflição do meu coração.
Só ! Nas mãos do destino a flutuar
No silêncio, d’ ansiedade e sentimento
Contra os recifes na violência do mar
Só ! Atirado nas ondas do destino
A minha vida, caí sem um lamento
Na última prova do estágio divino !
São Paulo, 12/04/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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