Delírios na Alcova
Deixa-me chorar secando no meu estio
Paixão, solidão e perversão cruzam o rio
Que seja ele a morrer de tristeza na ponte
Na tal mortandade da ímpia e erma fonte.
Na razão atemporal do amor afastado
É a dor no peito deste torpe desesperado
Nas tuas ancas me seguro na úmida tez
Nas depravações das contorções do talvez.
Nesta alcova oval se deleita este poeta
Da mais longínqua amante que completa
As suas peripécias imorais tão atentas.
No filete de sangue que suga desatenta
Nas contrações do canal que afeta
Os espasmos do amor desta esperta.
DR FLYNN