Delírios na Alcova

Deixa-me chorar secando no meu estio

Paixão, solidão e perversão cruzam o rio

Que seja ele a morrer de tristeza na ponte

Na tal mortandade da ímpia e erma fonte.

Na razão atemporal do amor afastado

É a dor no peito deste torpe desesperado

Nas tuas ancas me seguro na úmida tez

Nas depravações das contorções do talvez.

Nesta alcova oval se deleita este poeta

Da mais longínqua amante que completa

As suas peripécias imorais tão atentas.

No filete de sangue que suga desatenta

Nas contrações do canal que afeta

Os espasmos do amor desta esperta.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 07/08/2007
Reeditado em 09/08/2007
Código do texto: T596872