...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA * Ansiedade

Nos meus olhos, um mar de lágrimas paradas.

Um espelho perdido espera e desespera

reflectir as manhãs de ti alvoroçadas

no perfume e na cor --- idílio e primavera.

Nos azuis deste céu infinito me perco.

E eu não posso ou não sei decifrar os sinais.

Que caminhos de ti? De todos que me acerco,

uma estrela me diz não ser nestes que vais.

É tão grande este Céu! É tão longe onde moras!

E eu aqui, neste chão, à espera do fim.

O relógio desfia o rosário das horas,

decrescente a contar rumo ao zero de mim.

Sinto sono ou torpor? Já nem sei definir…

Finalmente, serão já horas de dormir?

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 20 de Março de 2017.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 12/04/2017
Código do texto: T5968446
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.