Tudo passa!

 

E tudo vai passando igual fumaça

Em névoas que se esvaem rapidamente;

O tempo, enquanto morre, intermitente,

Parece ganhar vida longa e lassa!...

 

A Lua pelo Céu cheia de graça

Navega entre as estrelas reluzentes,

E passam pelo mundo muita gente;

E tudo vai passando... O vento passa!

 

Não quero ver passar a minha vida

Sem ter comigo aqui, como guarida,

O amor que traz seu canto mais sonoro...

 

Amor? Que amor? Não há! A dor é crassa,

E tudo desmorona, é uma desgraça!

Não há o que fazer! Apenas choro!!!

 

Arão Filho

São Luís-MA, 11 de Abril de 2017.