Soneto de mar interno

Desaba em meu peito uma grande explosão

Efêmera imagem da poesia no seu resplendor

Serenata de raios coloridos em forma de amor

Translúcidas notas da inebriante canção

Que a força da saudade desmonte a ilusão

E o mar cancioneiro abrande o vil furor

Meus versos de esponjas apaguem a dor

Da utópica serenata de minha emoção

O frêmito inerte da lânguida maresia

Revele a face da musa inspiradora

Sem trovões os meus versos inspirem

A nau poética dessa nobre encantadora

E as nuvens magas em vertigens girem

No sabor nascente de um novo dia!

Chico Nascimento ou Magonleji
Enviado por Chico Nascimento ou Magonleji em 11/04/2017
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