O tempo
Conto-te um conto ond' eu te amo, e tu me amas
São dez horas da noite, ele é serena
Canto-te um canto, flor minha açucena
Pequena se abre e nasce em meio às chamas
Encanto-te no encontro, são onze horas
O beijo ecoa, já é meia noite agora
Nesta hora, que o teu corpo urge e me implora
Os sonetos do amor como em outrora...
Já passa das duas, são quase umas três
No embaraço da trama, o tempo para:
Fervendo a cena, está feito! [de vez]
Chega a manhã, pois vejo-te em meus braços
Descansa a paixão entre o gozo e a tara
Acolho minha Flor dando-lhe abraço