Fanfarras aos ventos
São suas bocas sonoras trombetas
A soprar ávidas (sons tão escuros),
E a mentir o hoje e agourar mil futuros
Que em mim evocam temíveis tormentas.
Sopram sinistras, rajadas sedentas
Ao vento e o vento em mim cria mil furos
Enquanto cantam encantos, obscuros
Pressentimentos: Profanas cornetas!
E por mim tocam as notas bizarras,
E em mim acordes soprados nos ventos
Riem zombando, malditas bocarras...
E sempre anônimas soam fanfarras
Que regurgitam sussurros nojentos,
De mim cantando e fazendo vis farras.