Fanfarras aos ventos

São suas bocas sonoras trombetas

A soprar ávidas (sons tão escuros),

E a mentir o hoje e agourar mil futuros

Que em mim evocam temíveis tormentas.

Sopram sinistras, rajadas sedentas

Ao vento e o vento em mim cria mil furos

Enquanto cantam encantos, obscuros

Pressentimentos: Profanas cornetas!

E por mim tocam as notas bizarras,

E em mim acordes soprados nos ventos

Riem zombando, malditas bocarras...

E sempre anônimas soam fanfarras

Que regurgitam sussurros nojentos,

De mim cantando e fazendo vis farras.

Guilherme Henrique M
Enviado por Guilherme Henrique M em 09/04/2017
Reeditado em 09/04/2017
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