SONETO DA SOMA
Fiz minha casa numa área desolada
Fui de charco em charco até atingir notoriedade
Quis ter o infinito e descobri o nada
Até que descartei toda e qualquer piedade
Caminhei até sangrar os pés
Altivo e desumano em ritmos decadentes
Mas pude me oferecer às ralés
As quais me tiveram rasgado entre os dentes
Restou então um orgulho nato porém cansado
Divino em sua nítida decomposição
Exasperado em seu sereno estado
E pude enfim perceber que só somei
Ao meu Cáucaso e minha Hastur...
Agora terrenos da minha lei.