Agonia...
E o que dizes tu, poeta, da minha agonia?
Por me ver triste e entre versos tão crucificada;
Por testemunhar-me uma heresia, que ironia!
É o amor que agonizo na partida, machucada...
Ah, poeta! Não ouses calar o teu riso,
Nem escarneça o pranto, se a dor persiste...
Ou reter a lágrima quando sangrar for preciso!
Mas, deixar revelar o que por dentro insiste...
Meus lamentos são de um riso sem volta,
Quando na amargura engoliram minha voz
Todos atirados a um mundo tão atroz!
Assim, estremece a minh'alma sem escolta,
Triste, geme provando os frutos da colheita
Onde dilacero sonhos de uma vida desfeita!...
E o que dizes tu, poeta, da minha agonia?
Por me ver triste e entre versos tão crucificada;
Por testemunhar-me uma heresia, que ironia!
É o amor que agonizo na partida, machucada...
Ah, poeta! Não ouses calar o teu riso,
Nem escarneça o pranto, se a dor persiste...
Ou reter a lágrima quando sangrar for preciso!
Mas, deixar revelar o que por dentro insiste...
Meus lamentos são de um riso sem volta,
Quando na amargura engoliram minha voz
Todos atirados a um mundo tão atroz!
Assim, estremece a minh'alma sem escolta,
Triste, geme provando os frutos da colheita
Onde dilacero sonhos de uma vida desfeita!...