O acalanto das dores

Vejo, ao acalanto das paixões que anelas

Com teus choros tristíssimos de um pranto,

Sabes se eu te magoo assim sem canto?!...

Hás de perdoar-me co´as palavras belas.

Se é uma dor langorosa em que eu a encanto

Sem ti, arrancarás as mãos singelas;

Pois nunca as beijarás para sofrê-las

E roê-las, com certeza, é o desencanto!...

Sou eu quem ainda escreve sobre a morte

Da humanidade orgânica, atra e forte;

Vês que nunca hei de amar-te no ébrio peito!

Magoaste-me, nas dores do olhar vago,

Quando me odiavas sem um doce afago

À morbidez brutal do teu despeito!

Lucas Munhoz - (03/04/2017)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 03/04/2017
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