LENITIVO

Dê-me, meu amor, paz pro meu coração

Que palpita em busca de pura felicidade.

Um só resquício de loucura e de paixão

Pra conter a inércia da minha realidade.

Dê-me, meu amor, um prazer de verdade

Na insípida insensatez da cruel solidão.

Ao menos um lenitivo da tosca emoção

Que triste vaga no suplício da saudade.

Dê-me, meu amor, uma gota de esperança

Que se escondeu na sua alma de criança

E retém a minha antiga alegria de voltar.

Dê-me, meu amor, seu sincero sentimento

Que vaga veloz através do seu pensamento

Matando meu desejo terno de querer e amar.