ALUCINÓGENO

ALUCINÓGENO

Olhos veem o que a mente não alcança.

Portas da percepção... Janelas d'alma!

Uma réstia de luz pura me acalma

Quando de fina poeira mostra a dança.

D'essa luz outra luz por dentro avança

Até me incandescer em cheio a palma.

Mas fere o alvo papel sanguíneo trauma

Co'a pena já aguda feito lança.

Assim, iluminado, permaneço

A ver e a escrever tudo o que estou vendo

N'um manuscrito vão mas

estupendo.

No mais, viajando em mim eu me conheço,

Pois, a mente aloucada onde ora estou

Que torna interessante ser quem sou.

Betim - 02 04 2017