Tchau e bença
Não interessa quantos paus vão precisar
nem os pregos que vão gastar no meu caixão
batidas as botas terei que ir pro chão
problema é de quem fica e vai gastar.
Numa rede podem mesmo me enrolar
depois que for parado o coração
podem servir um conhaque de alcatrão
um café, um carteado e coisa e tá.
Quero é ver o meu velório animado
ver falsos amigos do meu lado
a dizerem que eu era um santo.
Quem me devia, feliz, fingindo choro,
quem eu devia, a fingir, "eu te adoro"...
... Último verso! Vou pro buraco e pronto.
Josérobertopalácio
Valeu, Amigo Fcunhalima
NADA ADIANTA
De que me importa, rede ou caixão,
Quando passar daqui para uma boa,
Que me importa o choro ou a coroa,
Na despedida dessa ocasião.
Falsos amigos tocam a minha mão,
E as amigas vão ficar atoa...
O bom é que não mais me atordoa,
Ouvir dizer se me quiseram ou não.
No meio de tamanha confusão,
Feita de choro, canto e oração,
Não sinto nem catinga de sovaco.
Nada adianta pra meu coração.
Nem mesmo as lágrimas de perdão,
Agora que estou indo pro buraco.
Mestre Palacio será que será assim?Fernando cunha lima 03-04-17.