Soneto estrada sem espinhos
Vi nos olhos teus, tal brilho claro
Enxerguei a beleza do verde neles contidos
E desejei-lhe tocar tão docemente os lábios
Tal qual o beija-flor ao provar à flor.
Os cabelos perfumaram às mãos
Senti vontade de cheirar-lhe à nuca
Ainda não é o momento, pois sim, ainda não
Mas, foi tão agressivamente, tal desejo!
Não importa o quão és vivido
O arrepiar dos olhos nos olhos sempre haverá
E isso será tão comum para mim, não só para mim!
Sim, ainda resta uma forte barreira na neblina
Porém, se a mim for dado luzes de ribalta
Talvez encontre o caminho, estrada sem espinhos.