DOM
Está no meu sangue o dom da rima,
mas minhas veias tenho pouco de poeta
a poesia nelas é incompleta
embora eu insista em viver no clima.
A minha alma da caneta é prima
e vai via minha mão e a aperta
pra que escreva o verso de forma certa,
ou, do jeito que vier já me anima.
Eu nem ligo se tropeço em cada verso
o que importa é fazer parte do processo.
Lembram o primeiro verso lá em cima?
Se eu não der prosseguimento passo mal
tipo assim, não dormir e coisa e tal,
e o remédio é sentar e fazer rima.
Josérobertopalácio
VERVE E TALENTO
Observando aqui o teu talento,
A tua verve sempre verdadeira,
Acostumei-me assim desta maneira,
Ao ler de fato assim teu pensamento.
O verso flui em cada teu momento,
Até parece ser de brincadeira,
E a poesia chega bem certeira,
Como um maestro faz no movimento
A tua verve vai criando a rima,
Pra te fazer então entrar no clima,
Trazendo o verso pela tua mão.
Por entre esta magia dos teus dedos,
Escondes quase todos os segredos
Como se fosse a vara de condão.
FERNANDO CUNHA LIMA, AO AMIGO
E POETA MAIOR, PALÁCIO.