ALEGRIA TEATRAL...

Canta teu riso de violino... Magia que embevece...

Há nele o som dos mais altos céus nos meus ouvidos

Doce acalentar de vida, a prece que não perece

É a estridência do cantar de mil anjos. Alarido!

E estes mesmos risos que me arrebatam, me ferem!

Não sou o objeto de tuas graças. Certeza cruel ...

Cantas para outro bem... Teus poemas me preterem

Sinto-me uma ave triste... Uma abelha sem mel.

Quando, cala teus risos na boca rubra de outra rapariga

E calando-os nos lábios, gargalhas na alma, fonte viril

Ah, ciúmes que dilaceram meu peito, deixa que eu diga!

Mas ainda que o tilintar do teu riso de sol não seja meu

Finjo posses e desfaço a melancolia em raios de sol

Atuando ser amada, faço do meu fingir, motivo do riso teu.

Anna Corvo Poe
Enviado por Anna Corvo Poe em 01/04/2017
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