ALEGRIA TEATRAL...
Canta teu riso de violino... Magia que embevece...
Há nele o som dos mais altos céus nos meus ouvidos
Doce acalentar de vida, a prece que não perece
É a estridência do cantar de mil anjos. Alarido!
E estes mesmos risos que me arrebatam, me ferem!
Não sou o objeto de tuas graças. Certeza cruel ...
Cantas para outro bem... Teus poemas me preterem
Sinto-me uma ave triste... Uma abelha sem mel.
Quando, cala teus risos na boca rubra de outra rapariga
E calando-os nos lábios, gargalhas na alma, fonte viril
Ah, ciúmes que dilaceram meu peito, deixa que eu diga!
Mas ainda que o tilintar do teu riso de sol não seja meu
Finjo posses e desfaço a melancolia em raios de sol
Atuando ser amada, faço do meu fingir, motivo do riso teu.