Soneto (Ofício)
Saúdo a arte que fina se levanta,
canto a poesia, musa do momento!
O corte que estraçalha minha garganta
explode o sangue do meu sentimento.
Poesia que no céu se agiganta,
canto que vara o imenso firmamento
e banha de canção a carne santa,
tornando-a imortal coroamento.
Luz, luz de beleza e de autonomia,
aura, fulguração do eterno agora,
aquilo que a estrela mais assedia
e brilha, e seu brilho vai vida afora,
alento renascido da Poesia
que é Poesia que na alma mora...