Soneto Minhas mãos

Minhas mãos acarinham teu rosto

Já é tarde da noite de sexta-feira

O clima está na garoa dos beijos

Intermitentes, constantes e desejáveis.

Decoro toda a geografia sem pressa

Passeio minhas mãos do pé à nuca

E posso sentir cada ponto de tua sensibilidade

Com o morder de canto do lábio.

Minhas mãos não são de um jovem

Desfruto de uma à uma tuas sardas

E são tantas, ah são tantas!

Após te amar, saberei, amanhã

Mesmo vendado no breu total

Cada detalhe teu, com minhas mãos.