Esvazia desejo; alma vazia
E do corpo germina um sobressalto,
No alto a flor da pele num arrepio,
Um frio, um quente; às vezes eu me falto,
Pauto, o meu desgoverno é vadio.
Um sadio sentir de um querer insano,
Pano que se desveste, cai cortina,
Libertina alma, poros oceano,
Profano abalo, num rir de retina.
Rotina adeus, na tez a latência,
Essência; golfa aroma e é notável,
É amável e estúpida a carência.
A demência sem nexo, ora palpável,
Consolável a carne varre ardência,
Prepotência, a alma não é masturbável.
#ordonismo
Uberlândia MG
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