Esvazia desejo; alma vazia

E do corpo germina um sobressalto,

No alto a flor da pele num arrepio,

Um frio, um quente; às vezes eu me falto,

Pauto, o meu desgoverno é vadio.

Um sadio sentir de um querer insano,

Pano que se desveste, cai cortina,

Libertina alma, poros oceano,

Profano abalo, num rir de retina.

Rotina adeus, na tez a latência,

Essência; golfa aroma e é notável,

É amável e estúpida a carência.

A demência sem nexo, ora palpável,

Consolável a carne varre ardência,

Prepotência, a alma não é masturbável.

#ordonismo

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 22/03/2017
Código do texto: T5949251
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.