RÊVE D´AMOUR
O fidalgo castelo adormecia
A carícia suave do luar.
Num leito virginal, alguém havia
Sob um dossel de rendas, a sonhar.
Contemplando o castelo, Listz sorria;
E com o extro de mágico sem par,
Mentalmente, em acordes traduzia
O anseio de sua alma modelar.
Deixando embora, nele, o pensamento,
Retorna ao lar em busca do instrumento.
E executa com brilho magistral.
Transportando do céu para o teclado,
Num poema de sons divinizados,
O seu "RÊVE D´AMOUR": sonho imortal!