O pecado velado
"O pecado da carne, mortal, finalmente."
Num intento tardio, bela perdição.
Quisera sapeca abalar-te a mente,
Tua liberdade, uma ilusão!
Na tua língua afoita calei d'ardor
Na minha sem graça, burlartes o amor
Talvez fruto-morte, fonte d'outra dor
Quem sabe quimera,sem nenhum pudor.
Não sei nesse tanto, o quanto que encanto
Só sei do arrepio que sobe ao ventre
E no peito aberto refaço meu manto.
D'auroras a fio, trouxe-me o pecado
E eu desconfio que em mim tu adentres
Nem que finde o meu-teu pecado velado.