NÃO DÁ PARA NÃO LER
NÃO DÁ PARA NÃO LER
Admito carecer de redundâncias
Para mais refoçar o que s'escreve.
A linguagem premia quem se atreve
E faz pensar narrando suas ânsias.
Agora mesmo, tonto em meio a errâncias,
Eu me permito olhar algo mais leve
Meus erros ou omissões como se deve,
Lhes vendo inusitadas concordâncias.
Escrevo investigando meu idioma
A ver que, rebuscado, se retoma
Das palavras o maior significado.
Pois negar duas vezes, mais que afirmar,
Destaca o que se quer enfatizar
Mais próximo do certo que do errado.
Betim - 18 03 2017