Tempestade
O tempo me castiga em seu deserto paradoxal
Me fazendo olhar teus olhos tristonhos
Refletidos nos relâmpagos de uma tempestade infernal
De longe vejo a chuva levar os teus sonhos
Procuro ficar em silêncio, parecer normal
É difícil aceitar a derrota desde castigo sem igual
Mas o grito que habita meu peito liberta meus temores
Me faz ouvir teus apelos e sentir tuas dores
Que te domina por inteiro cruelmente
Como uma faca, uma lança, um punhal estridente
Que te atravessa a alma dolorosamente
Preciso livrar-me dessas amarras urgentemente
Para puder salvá-lo de toda essa angustia, de todo esse mal
E saber que foram minhas mãos que lançaram este punhal.