ALFORRIA

De todas as prisões de algemas invisíveis...

Daquelas que oprimem sem que as possamos ver

De todas as canções que soam sem diretrizes

De todas as ilusões... poentes ao entardecer;

Do tudo que se nega desde todo o princípio

Correntes que se trancam a cada sobreviver

Do todo caminhado quase sempre sem sentido

Alçado ao horizonte rumo a cada renascer...

O sopro mais doído é ser plena liberdade!

Que em cada verso utópico se reversa ao prazer

De ser felicidade ao voar seu verbo próprio

Em rimas consonantes ao sentido de poder

Romper toda corrente que algema a identidade

A ser em rima solta a alforria de viver...