Usina das utopias no paço utópico...
_ _ _ DAS UTOPIAS _ _ _
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
________________________________ Mario Quintana _____________
Ide hombre delirante à rosa-dos ventos
Plantando plâncton junto com papoulas,
Adão jaz adestrado não come ceroulas,
Diz-se que a conversa vem do convento.
Ah, Remo e Rômulo do reino de Roma
Sem remos no triângulo das bermudas,
Calam-se por calar quando fala a muda,
Muda-se a rosa quando muda o aroma.
Há mui matuto na mata de matusalém
Além disso: piras do papado em Itaipu...
Palavras inauditas no antro de Jerusalém.
Restam-vos algaravias ao coice da cutia
Zunzum dum zumbi, zumbido do zebu...
Crânio de Morus-morto por falta de utopia.
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Ó hombres de terras, céus e mares...
Catando cascavéis com jaguatiricas,
Dentre dos tugúrios duma vila-rica,
Valendo-se de tudo, inté Valadares!
Conquanto, há grutas neste subsolo
Besouros da época de Dom Pero II,
Mui armadilhas num mero segundo,
Usina pra se fazer doidices e dolos.
És bicho-de-sete-cabeças atrás d’ouro
Por rios negros além Marajó-ilhas...
Nada diz: a quem serve este tesouro.
Sabe-se lá! Que há no oco da montanha
Se há boitatá no país das maravilhas...
Ou qual utopia sai dessas entranhas?
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Rara tempestade neste reinado utópico
São tantos engarrafando o pé-de-vento,
Convém-se que és papo do porta-vento,
Horas! Lógico que o tal cuco é ecológico!
Cá nem argonauta ou algo parecido
Vosso apelo já não chama procelas...
Menos ainda um cardume de cadelas,
Nessa preamar dos mares desparecidos.
Inventa-se a ventania nesta travessia...
Ora falsas palavras, ora falésia na sala,
Atores de antanho no ato da ataraxia.
Finalmente o barro-duro de cada um
Hombres e mulheres na mesma vala...
Ao juízo final no zoom do zunzunzum!
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Ôh Fera FCunha! Deixemos as águas rolarem na pia das utopias, e vosso soneto chega no momento apropriado, vosmecê já viu hoje na crônica diária, tão vendendo carniça ao polvo: terá sido alguma parte da vossa carcaça do boi vivo? Rsrs! Não tenho nada com isso, se vira com a federal poeta arretado de bom. O palco é todo seu!!!
### PELAS ÁGUAS DE MARÇO ###
A carcaça do boi vivo nos ensina,
No olho aceso de cupim no cerrado,
E a bosta do gado no cercado,
Mata o mosquito na sua oficina.
O fogo-fátuo também determina,
A saia do boi bumbá manifestado;
Pela enchente qual morto matado,
Que a flora e a fauna extermina.
A carcaça do boi se alevanta,
Enquanto o riso da hiena canta,
E espanta insetos pela madrugada.
O jacaré de papo amarelo,
Devora o tatu bola qual marmelo,
Pelas águas de março a invernada.
_______________ Fernando Cunha Lima _ 18-03-17 _ Nunca atingindo o ápice do mestre Gilba.
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Chega, chega Mardielli! Pois a porteira dessa usina tá aberta pra qualquer doudo. Rsrs! Então, deixemos nossas utopias irem ao vento... o palco é todo seu. Grato por vossa interação!!!
Longínquas foram as minhas ilusões...
E todas desfolhadas pelos vendavais da vida
Parecendo fogo fátuo derretendo na carniça
Deus me livre, das utopias desses doudos.
_______________ Xi poeta! Dando uma de douda rsr...imagino que nesse palco, só quem dança mesmo são os doudos! Abraços __________
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Grand Carlos Alberto! A honra é toda minha em recebê-lo na usina das utopias. fique à vontade fera, o palco é todo seu. Grato pela magnífica interação!!!
*** Passo a Passo até o Paço Utópico ***
Doudos do País das Bananas,
Ordenhar pedras em "Lugar Nenhum,"
Tatu comer jacaré e dar em ziriguidum?
Nem sequer ousou Quintana!
Rebobinei minha bobina,
Dei marcha ré na charrete,
Mula sem cabeça num se esquece,
Do caminho dessa Usina!
Vim das longínquas ilusões,
Galopando em vendavais,
Só pra ver vossos brasões.
Depurado em fogo fátuo,
Com imagens surreais,
Na Utopia chego intactus.