Outro amor
Se não me coubesse na visão
O início e o fim da queda d’água
O nascer, o por-do-sol, depois a lua
De certo me faltaria essas emoções
Se não me tremesse o coração
Por vontades incontidas de corar
Saudades indomáveis de amar
Esperanças tão vivas sem razão
Não seria eu quem sou
E nem sentiria como eu sinto
Com a intensidade que me dá os sentidos
Esses grandes abalos interiores
Fazem-me pensar em outros organismos,
Menos complexos, mas igualmente vivos.
Abril de 1996
Se não me coubesse na visão
O início e o fim da queda d’água
O nascer, o por-do-sol, depois a lua
De certo me faltaria essas emoções
Se não me tremesse o coração
Por vontades incontidas de corar
Saudades indomáveis de amar
Esperanças tão vivas sem razão
Não seria eu quem sou
E nem sentiria como eu sinto
Com a intensidade que me dá os sentidos
Esses grandes abalos interiores
Fazem-me pensar em outros organismos,
Menos complexos, mas igualmente vivos.
Abril de 1996