MEU MUNDO...

 

Eu sinto que minh’alma anda sem lume,

E logo ela debruça-se nas flores;

Suspira no silêncio as suas dores;

Reclama não olhar os vagalumes!

 

E perde-se nas vagas dos queixumes,

Nas pétalas que já não tem suas cores,

Pendidas pelo chão sem seus dulçores,

Sem ter qualquer fragor, sem ter perfumes!!!

 

Minh’alma assim tristonha sofre tanto,

Que muito se confunde com o pranto,

Que cai nestes orvalhos do jardim...

 

Se fosse esta minh’alma de um poeta,

E, estando ela de versos tão repleta,

Meu mundo era uma Luz que não tem fim!...

 

Arão Filho

São José de Ribamar-MA, 14 de março de 2016.