O PÁSSARO E O ESCANINHO...
Num gesto explícito e raso,
Uma lágrima dita o caminho,
Qual perdida gota num vaso,
Entre a rosa e os espinhos.
Este ato simples, mas caro,
Qual viés, trama dum linho,
Fez-me sentir algo de raro,
No tolo coração, escaninho.
Por plano assaz inesperado,
Desejo, agora destemperado,
De um pássaro sem o ninho.
Quedando no céu do passado,
Viver num voo, desesperado,
Morrendo, voando e sozinho.