Rugas do tempo
Soneto
Rugas do tempo
O pretérito deixou-me, mais velho.
Meus endereços, as ruas da minha vida.
Deixaram marcas assim, reflete o espelho.
Grisalhos, o cabelo acusa a história vivida.
Já não danço com a mesma maestria.
A música que outrora me alegrara,
Perdera o acorde, triste melodia.
Célere... Cruel, o tempo passara.
Meus braços perderam tonicidade.
Rugas do tempo, marcas de expressão.
Esconder pra quê...? Coisas da idade.
Apesar de tudo, forte bate, o coração.
Pulsa amor... Jorra paz e lealdade.
Vive-se melhor, quem abraça um irmão.
Adilson Tinoco