A CORRIOLA
A CORRIOLA
Como tantas reuniões de malfeitores,
Aquela terminou intempestiva...
De navalhas na mão, em chaga viva
Pingava sangue ruim, escarro e suores.
A malta repartia-se os valores.
Mas, malandro de mente assim criativa,
N'esse afã de ter sempre voz ativa,
Acha eloquência digna de doutores:
Gírias mais palavrões em cusparadas
Trocadas entre as faces inflamadas,
Tendo armas e dinheiro sobre a mesa.
Morreram todos n'um “abracadabra!”...
Resultando essa cena tão macabra,
Onde somente a grana sobra ilesa.
Betim – 13 03 2017