AZIMUTE

AZIMUTE

O ângulo entre o Norte e a minha mira

E a linha d'onde sou para onde vejo

Têm as medidas mesmas do desejo

Que por precisa meta o olhar aspira.

A lente da distância me confira

A beleza do que a alma faz ensejo

Ou cobiça... Afinal, sem qualquer pejo

Como se arma de fogo longe atira.

Assim encontro o rumo de ir avante

Para alcançar até o mais distante

Extremo que a vontade determina.

E sigo, sob o sol d'esse sertão,

Contente de tamanha imensidão

Aonde a travessia me destina.

Betim - 06 05 1998