P O E I R A
Estou cavando minhas sepulturas
Por letras poéticas e carbonizadas,
Nas inspirações longe de ataduras
Igual às utopias por ti doutrinadas!
Com a verdade vivendo as escuras
No porão cético de luzes apagadas
Onde meu brio cheio de amarguras
Não sobressaiu nesses vários nadas.
Eu não poderia matar a sua maneira
Eu poderia apenas odiar, eu tentei,
Alimentar-me pelo falso, mas falhei.
Agora eu olho um corpo na fogueira
Queimando sem ninguém perceber
O que era amor... Era poeira pra você.